domingo, 12 de setembro de 2010

Ajudar é crescer







Dia 23 , 4h da tarde e começam a chegar os primeiros voluntários. Por volta das 5h já estávamos todos reunidos na sala de convívio, vamo-nos conhecendo e rapidamente descobrimos muito em comum com um desafio lançado pelos monitores “maravilha”, a grande maioria era constituída por repetentes e apenas a Liliana fazia voluntariado pela primeira vez mas rapidamente se integrou e mostrou a sua hospitalidade!
No primeiro dia já todos se comportavam como amigos e assim foi até ao final dos 7 dias, demo-nos bastante bem e à excepção de uma ou outra pequena falha foi um grande campo, talvez um dos melhores para todos, arrisco-me a dizer.
Talvez pelo dia começar as 7he45min dava para fazer um pouco de tudo e aproveitar bem o tempo que parecia sempre muito pouco, deu para conversar, passear e espalhar sorrisos pelos utentes que sempre nos trataram bem.
Um pequeno à parte para dizer que doentes mentais são pessoas normais, que apenas têm uma doença, conseguem ser pessoas maravilhosas que nos dão a melhor recompensa do mundo e mesmo aqueles que não falam são capazes de nos confortar e acarinhar com grandes sorrisos.
Durante o campo fomos recebendo várias visitas, começando pela do Simão e do Mário, passando pelo Francisco, pelo padre Ricardo, padre Torres, Diogo, irmã Fernanda e terminando pela Sónia que nos veio visitar depois de uma longa viagem a Angola, que nos proporcionaram óptimos momentos de convívio e reflexão.
Éramos todos diferentes, vínhamos de vários pontos do país, personalidades variáveis, o mesmo objectivo de ajudar o próximo e fazê-lo feliz.
Foram 7 dias que nos proporcionaram grandes momentos, sorrisos e até lágrimas na hora da despedida, as orações foram evoluindo conforme os dias passavam, os passeios foram óptimos, o dia do piquenique foi muito divertido e até a meia hora de silêncio nos serviu para crescer e aprender que este também nos faz falta. A hora da refeição era sempre animada, as palestras sempre foram respeitadas e terminaram sempre com discussões saudáveis que davam muito a aprender a todos, o grupo era extremamente unido e os animadores davam imensa alegria a todos.
Último dia , última oração, despedida dos doentes e muitas lágrimas à mistura, um turbilhão de sentimentos passou por todos mas ao mesmo tempo e apesar de sabermos que nos íamos afastar a recompensa valia o esforço, as poucas horas de sono e o cansaço, pois todos saímos de lá com grandes lições de vida, grandes amigos e acima de tudo uma grande experiência que nos uniu e nos fez muito mais felizes.
É por isto que sei que fazer voluntariado vale a pena, dar de nós e receber o dobro, saber dar valor às coisas simples, saber sorrir para todas as pessoas apesar das diferenças, esquecer tudo e seguir em frente, não conseguimos mudar o mundo mas conseguimos certamente dar uma nova vida à vida de cada doente e de cada um que por lá passou.
Podemos ser extremamente diferentes mas estaremos sempre unidos pelo mesmo objectivo, pela hospitalidade.

2 comentários:

  1. melhor pessoa de sempre! :)

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  2. por acaso adorava fazer voluntariado. hei-de arranjar tempo e maneira de o fazer :)

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